terça-feira, 10 de maio de 2016

Futebol de Formação - O que poderemos fazer ?

 Neste meu regresso ao blog, escolhi um tema particularmente interessante e que me toca directamente. 

 Muitos são os que falam sem saber e sem estarem por dentro daquilo que nós, treinadores de formação, fazemos nos clubes. 
Já passei por quase todos os escalões do futebol 7 ( Petizes, Traquinas e Infantis) e noto que muitos falam só na parte da "Formação" e nunca sem falar na parte desportiva. Concordo e assumo que a principal ideia seja a parte de formação, mas , percebam-me também que podemos aliar as duas coisas, resultados com formação, e como? 

 Vou passar a explicar a minha ideia de alguns anos que me foi passada e pensada depois por mim e adaptar aquilo que realmente eu acho e defendo. 
Hoje em dia quantos nós já tivemos atletas a desistir por falta de tempo de jogo? Quantos de nós já fez uma convocatória no futebol 7 em que não colocou um jogador convocado a jogar? Quantos de nós assume que por uma vez ou outra colocou um resultado como primeiro plano e não a formação? 

 Eu respondo - Poucos ou nenhuns, mas caros leitores, enganem-se quando ouvirem falar em coisas bonitas do tipo " ah e tal, gosto de ver jogadores felizes nem que seja quando perdem um jogo" . Nós por dentro não gostamos que isso aconteça, gostamos que eles sintam uma derrota que demonstrem no treino seguinte que foi apenas um jogo e nada mais que se unam por uma causa pela qual nós definimos e lutamos juntamente com eles. Se isto não acontece os jogadores vão ficar cómodos com a derrota, vão achar que perder é normal, vão achar que a derrota é uma coisa para a vida. NÃO, a derrota NÃO é uma coisa para a vida mas sim da vida, façam passar a mensagem que para se ganhar é preciso trabalhar, suar, lutar, sofrer, que perder também faz parte do ganhar, mas que no final o sabor da vitória é tão bom, ou será que para se vencer na vida não é preciso todas estas componentes e mais algumas? Ou será que todos vocês com as "batalhas" ganhas não tiveram de lutar? Então porque não passar isso para os nossos jogadores na formação? Para se vencer é preciso abdicar de tanta coisa.


 Então vejamos, se nós aliarmos a vitoria com a formação não será melhor? 

 Passando para a parte futebolística -  Primeiro saber gerir muito bem a parte formativa nos treinos, chamando atenção dos erros feitos pelos atletas mas dizendo "Fizeste este erro, acho que para melhorar deves fazer assim" , depois dizer que somos um grupo ambicioso que esta ali para ganhar , que as derrotas vão acontecer mas que temos de continuar a lutar, dar sempre um abraço ou um sorriso nos momentos mais difíceis e saber escolher esses momentos, falar duro, por vezes é bom mas nunca passando daquilo que deve ser o aceitável, saber brincar com as crianças e por vezes tentar ser pior que elas nas brincadeiras, criar um espírito de grupo forte, na minha opinião , se no futebol de 7 se não existe limite de utilização de jogadores acho que se deve ser coerente e colocar todos os jogadores a jogar ( se não jogam quando não há limites vão jogar quando?) , desta forma encontro algumas das muitas "técnicas" que existem, sejam sempre verdadeiros com as crianças, não as enganem , não olhem para elas como uma "matéria-prima" primeiro são seres humanos. Deixem-nas errar, mas digam "cuidado, estás a prejudicar a tua equipa". 

 Vou voltar a escrever sobre isto, como devem reparar faltam alguns tópicos que não foram esquecidos. Na proxima voltarei com este assunto. 


Obrigado pelo tempo disponibilizado.







 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Entrevista a Vitor Soares - Treinador dos quadros do Anadia

Boa tarde Mister Vitor Soares, para quem não o conhece quer falar um pouco sobre si?

Boa Tarde, sou um jovem treinador ambicioso e humilde com grande paixão pelo futebol e pela aprendizagem do mesmo.

Como foi a transição de jogador para treinador?

Sinceramente para mim foi facil, pois a vontade de estar em campo já era pouco e por isso sempre foi facil a transição.

Pelo o que abriguei vejo que você inicialmente passou pela LAAC, clube pela qual foi jogador, conte-nos como foi essa experiencia?

A LAAC é um clube diferente, a LAAC é mais que um clube trata-se de uma instituição e de uma familia que tenho ( os meus melhores amigos foram ganhos na LAAC), tudo o que tenho no futebol foi ganho lá. POr isso foi uma passagem especial que ficará guardado sempre no meu coraçao e nas minhas melhores memorias.

Certo, após você este pouco tempo no Oliveira do Bairro, quer explicar porquê?

O projecto do Oliveira do Bairro era aliciante para qualquer jovem treinador e o convite foi feito na altura em que estava na LAAC, entretanto surgiu o Anadia em que neste momento para mim é um dos melhores clubes do Distrito de Aveiro e com certeza nao podia resistir. Quero so afirmar que consta-se que fui despedido do Oliveira do Bairro o que é totalmente mentira a decisão de sair foi minha e saí a bem do Oliveira do Bairro tendo dito na altura ao presidnte do Anadia " Só saio do Oliveira do Bairro se for a bem porque nao quero deixar portas fechadas e lado nenhum" e assim foi, expliquei o porque da minha saida e o Coordenador do utebol de 7 do Oliveira do Bairro percebeu e compreendeu.

Ainda muito novo segue para um clube de maior dimensão, sente que há mais pressão para ser bem sucedido ou tem constante apoio da direção?

Acho que a pressão de ganhar existe em todo lado, aliás, esta é a vida do treinador. Mas falar de pressão de resultados quando estamos na formação acho que é errado e nisso a direçao do Anadia é fantastica porque percebem que formação é para formar.

Agora no Anadia, com responsabilidades reforçadas, sendo que treina os Juvenis e Infantis, quer nos falar como é conciliar duas equipas e a sua vida pessoal?

A minha vida pessoal é o futebol e tneho sorte de ter amigos e a minha familia que percebe apesar de na parte amorosa eu ser eu desleixado e nada ter dado certo ate agora, mas isso nao preocupa, ja disse a muita gente que estou casado com o futebol e que irei ser fiel ate ao fim da minha vida ao futebol, conciliar as duas equipas não é facil, mas quando se gosta, quando temos pessoas connosco que nos ensinam que nao nos deixam cair em nenhum momento é fantastico. Se bem que nos juvenis o caso é diferente pois o trabalho dos juvenis eram um trabalho de 4 treinadores ( eu, o Pedro Alegre o Hugo Balreira e o Carlos Neves "Pops" ) e só nos sabemos o como foi complicado garantir a manutenção. Mas foi merecida porque nunca desistimos e é isso que nos torna diferentes, quando pensam que o Anadia está a "morrer" la vem os milagreiros ( eles sabem quem são) e salvam o clube.

Quais são os seus planos para o futuro? Certamente terá ambição para ir mais além, talvez no principal campeonato Português ou vêsse no estrangeiro devido às dificuldades que surgem para ingressar no clube da Primeira Liga?

Gostava claro de poder representar o Sport Lisboa e Benfica, acho que em Portugal seria o meu topo, depois o meu sonho é chegar á primeira liga inglesa e tambem gostava de ter uma passagem pelos E.U.A. 

Obrigado por dispor o seu tempo, Sei que também vai participar assíduamente no nosso blog, esperamos ouvir mais de sí em breve. 

Obrigado eu por este momento, e sim vemo-nos "por aí" com muito gosto. 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Joao Paulo Correia - Realidade Desportiva e o Tondela.


Primeiro queria agradecer ao Mister João Paulo pela disponibilidade que teve e pela simpatia que teve em responder as estas questões. Boa sorte para a sua vida desportiva e pessoal. 



1- 16 anos a treinar no campo, porque de neste momento não estar em nenhuma equipa?
R- Simplesmente pelo fato de não ter sido nesta época convidado por nenhum projeto que me desse garantias, apesar de ter tido convites mas nenhum me dava as garantias mínimas, suficientes e capazes de alcançar objetivos aos quais me proponha.

2- O que acha destes novos técnicos em estão nesta 1ª liga? O caso do Paulo Fonseca no Paços de Ferreira e do Marco Silva no Estoril.
R- Dois bons jovens treinadores a realizarem uma excelente época 12/13. Técnicos que dominam os princípios de jogo, sempre presentes em cada treino/exercício e na estratégia para cada jogo, técnicos que exigem máxima disciplina e impõem responsabilidade. Técnicos que sabem elevar os níveis de concentração, competitividade, e reforçam o espirito de solidariedade e excelência em cada jogo e tudo o que os rodeiam.

3- Sendo de Viseu, o que pensa do futebol distrital de Viseu? E já agora de Aveiro?
R- Dois distritos próximos, mas com realidades bem diferentes. Equipas de Aveiro com 1ª e 2ª ligas profissionais e Viseu somente com uma equipa na 2ª Liga profissional. Na terceira divisão (que vai ser extinta) aí sim alguma igualdade. Em termo de futebol distrital e falo de Viseu cada vez menos equipas, devido e somente às dificuldades económicas que o país atravessa as quais o futebol não consegue fugir.

4- O que pensa da formação existente em Portugal? O que há a melhorar?
R- Futebol em Portugal sem formação e como em qualquer outro País, não tem futuro. Portugal vem de há muitos anos atrás a realizar muitos e bons resultados a níveis internacionais, e aqui os clubes têm uma palavra enorme a dar aos quais devem continuar a fazer uma boa e positiva formação com cada vez mais campeonatos mais logos e mais duradouros. Esta época sim campeonatos com mais jogos, com mais competição. Lembro-me p.ex. em épocas anteriores os nacionais de iniciados, juvenis e juniores, equipas que não passavam à 2 fase no início de Janeiro terminavam a sua competição e ficavam praticamente 5 a 6 meses parados.

5- Verdade Desportiva? O que tem a dizer sobre este tema?
R- Faço por isso e penso que ela existe, porque se assim não for o nosso pensamento é melhor nem andarmos por cá.


6- Tem conhecimento de casos de corrupção no futebol distrital de Viseu?
R- Há uns anos atrás assim aconteceu, mas pelo bem da verdade desportiva foram detetados, castigados e arredados do fenómeno desportivo.

7- Quais os seus planos de futuro como Treinador?
R- Os meu planos passam por abraçar um projeto com objetivos bem definidos e sustentáveis para se poder realizar um bom trabalho quer a nível pessoal, quer a nível profissional.

8- Estando acompanhar o Tondela na 2ª Liga, o que acha do Trabalho de Vitor Paneira e dos seus Pupilos?
R- respondendo curto e direto, EXCELENTE trabalho que as pessoas do CD de Tondela estão a realizar. Para isso basta ver neste momento a classificação onde se encontram. Estamos a falar de uma equipa que é o primeiro ano que estão a realizar um campeonato profissional.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

António Correia- treinador das distritais de Braga.


Mister António Correira em primeiro quero agradecer a disponibilidade por me responder a estas questões.
1-Qual a realidade do futebol distrital de Braga em termos financeiros e desposrtivos?

A.C- REALIDADE MUITO POBRE, AO NIVEL DA SUA ORGANIZAÇÃO, POR EXEMPLOS HÁ SERIES COM 12 EQUIPAS OUTRAS COM 13 EQUIPAS, HÁ PARAGENS FRANCAMENTE PREJUDICIAIS, SÓ PARA QUE OS CAMPEONATOS POSSAM ANDAR MAIS OU MENOS A PAR NO QUE SE REFERE A JORNADAS, PESSOAS A TREINAR MIUDOS SEM O MINIMO DE PREPARAÇÃO QUER AO NIVEL DE FORMAÇÃO QUER AO NIVEL CULTURAL E FINACEIRAMENTE UM CAOS, AO NIVEL DE TUDO O QUE É O PAIS, OS MECENAS NESTE MOMENTO ESTÃO A DESAPARECER E FICAM OS CLUBES SEM O MINIMO DE PREPARAÇÃO PARA SE AUTOFINANCIAR. A CRISE TAMBÉM AFECTA O FUTEBOL DISTRITAL.

2-O que pensa sobre a questão dos jogadores saltarem das distritais para a 1ª liga? Sendo ainda muito poucos a fazerem isso.

A.C-NESTAS DIVISÕES HÁ ALGUNS JOGADORES COM BASTANTE QUALIDADE, UMA QUESTÃO DE SABER DETECTAR, PRINCIPALMENTE OS JOGADORES COM UM PASSADOO DE FORMAÇÃO EM GRANDES CLUBES COMO SC BRAGA, V. GUIMARAES , GIL VICENTE, FAMALICÃO, VIZELA FAFE, ETC, MAS HÁ CLUBES DE MENOR IMPACTO QUE TAMBEM FORMAM EXCELENTES JOGADORES. DAR A OPORTUNIDADE DE SE MOSTRAR MAS TEMO POR FALTA DE CORAGEM, HÁ POUCOS RUI VITORIAS.

3-Quais os treinadores em Portugal que pensa que vão conseguir singrar neste mundo tão exigente?

A.C-DE CERTEZA QUE PORTUGAL ESTA NUMA FAASE EMBRIONARIA NO QUE SE REFERE A NOVOS TREINADORES, ALGUNS AINDA DESCONHECIDOS E ATÉ A TRABALHAR EM CLUBES DE MENOR EXPRESSAO, IRÃO DE CERTEZA E NUM FUTUIRO MUITO PROXIMO DAR QUE FALAR.

4-O que pensa sobre a questão do Costinha ter o 1º nível de treinador e estar a treinar o Beira-mar?

A.C-PENSO QE SEM TIRAR O MÉRITO OU CONHECIMENTO QUE É UMA ENORME INJUSTIÇA PARA QUEM REALMENTE SE FORMA NESTA CARREIRA DE TREINADOR E TAMBÉM MOSTRA QUE OS DIRIGENTES DESTE FUTEBOL , TAMBEM ELES TEM QUE SER PREPARADOS PARA SEREM DIRIGENTES.

5- Que pensa do trabalho do Paulo Fonseca no Paços de Ferreira e do Marco Silva no Estoril?

A.C- PENSO QUE ESTÃO A FAZER UM TRABALHO FANTÁSTICO, BASTA OLHAR PARA A RELAÇÃO/RECURSOS/CLASSIFICAÇÃO,DUAS PESSOAS QUE TÊM SABIDO APROVEITAR A CHANCE QUE LHES DERAM PARA TREINAR AO NIVEL PROFISSIONAL, FUTURO RISONHO MAS SEMPRE NAS MAOS DE DIRIGENTES.


6-Quais são os seus objectivos no mundo do Futebol?

A.C- OS OBJECTIVOS SÃO CONSEGUIR TRABALHAR AO NIVEL DO FUTEBOL PROFISSIONAL, SEMPRE TIVE CURIOSIDADE EM RELAÇÃO AO FUTEBOL PROFISSIONAL , MAS POR DENTRO, NÃO CONSEGUI COMO JOGADOR MAS GOSTAVA DE UM DIA PODER CONHECER COMO TREINADOR, OU ELEMENTO DE UMA EQUIPA TÉCNICA...

7-Vejo que tem uma grande admiração pelo treino, porque?

A.C- A ADMIRAÇÃO PELO TREINO VEM DESDE HÁ MUITOS ANOS, JÁ QUANDO JOGAVA ACHAVA ESTRANHO QUE 11 PESSOAS EM CAMPO NÃO TIVESSEM IDEIA ALGUMA DO QUE FAZER , ERA OUTRO TEMPO MAS JA PENSAVA MUITO NISSO, A MINHA DEDICAÇÃO AO TREINO É NA TENTATIVA SEMPRE DE DAR COERÊNCIA AQUILO QUE FAÇO AO NIVEL DO TREINO....

8-Quais conselhos daria a um jovem treinador que queira singrar no futebol?

A.C-QUE SIGA SEMPRE AS SUAS IDEIAS, SUTENTADAS POR MUITA SEDE DE CONHECIMENTO, RESPEITAR E RETIRAR ALGO DOS OUTROS SEM COMPLEXOS MAS CRIAR A SUA PROPRIA FILOSOFIA.
 ABRAÇOS

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Mário Moreira - E os seus Projectos


Olá Mário, antes de mais o meu obrigado pelo tempo disponibilizado para responderes a esta entrevista.
Tu que já passas-te por clubes como a Associação Desportiva de Taboeira e Sport Clube Beira-Mar o que fazes tu num clube como o Oiã que em termos de “nome” não tem tanto peso como os outros dois clubes atras mencionados?

A evolução de carreira faz se de novos desafios e objectivos, e depois do convite que surgiu, o desafio era aliciante, pelo que seria mais um passo importante, para consolidar conhecimentos e usufruir de uma nova realidade que me colocasse á prova.

Qual o projecto que estás a desenvolver no Oiã?

Começamos todo o futebol de formação do zero, com o objectivo de o transformar a médio prazo numa referencia a nível distrital.

Tu que és fundador do Torneio Festibola, como correram as duas edições?

Pela opinião recolhida junto dos participantes, e analisando também as criticas, correram muito bem, e o segundo correu ainda melhor que o primeiro, pelo que estamos no bom caminho e já com objectivos de o internacionalizar a curto prazo.

O que pensas tu do futebol distrital?

O futebol distrital está um pouco confuso e mais vai ficar, pois com a falta de aprovação dos estatutos, muita coisa esta ilegal, e com a alteração dos campeonatos nacionais, não se vislumbra uma solução harmoniosa, pois já deveriam ter sido tomadas decisões, mas que também não o poderão fazer pela ilegalidade dos estatutos, como consequência e a juntar a crise económica que não passa ao lado dos clubes, o futebol distrital, vai passar também por uma crise profunda. No futebol distrital de formação, o crescimento foi notório nos últimos anos, em quantidade e qualidade de praticantes, mas continua sem quem de direito projectar o futuro convenientemente, de modo a promover a sua evolução, o que num distrito como Aveiro será uma pena.

O que achas tu da formação da LAAC neste momento?

A formação da LAAC deu passos importantes nas ultimas 2 épocas e se mantiver o mesmo crescimento, terá por certo uma evolução que lhe permitirá ser uma referencia no contexto da formação.

Quais os teus planos de futuro?

Para já passam pela Academia Futebol AD Oiã, esta e a próxima época, bem como desenvolver o projecto Festibola.

Já trabalhas-te com algum jogador que seja agora profissional de futebol?

Sim, vários jogadores, que passaram por mim enquanto atletas de formação, e agora são profissionais, como o Ricardo Dias (B.Mar) Artur (Chernomorets) Tiago Barros (Tondela) Marcelo (FK Jagodina)

Bem acabo por aqui estas perguntas, obrigado pelo teu tempo disponibilizado e boa sorte neste novo projecto e muito sucesso desportivo e pessoal.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Aptidão Anaerobica - "O que é" e "Para que serve"


A aptidão Anaerobica ou qualquer treino que envolva intervalos de actividade intensa e resto (ou menos actividade intensa) são muitos específicos na prática do futebol. Este tipo de condicionamento é ligeiramente efectivo na queima de calorias e na quebra da massa de gordura do corpo.
Actividade anaeróbica é mais intensa (70-100% da taxa máxima do coração) do que a aeróbica mas mais curta em duração. Devido a isto, é comum referimo-nos a uma qualidade de treino. Este tipo de actividade é baseado no desenvolvimento de trabalho enquanto fornece o corpo com energia de fontes armazenadas tal como o “glycogen”. Neste processo, o ácido láctico é formado nos músculos causando assim uma sensação de fadiga e desconforto. Este ácido é a razão porque os exercícios anaeróbicos não podem ser longos em duração e são usualmente segmentados em intervalos.
A Resistência ou capacidade anaeróbica refere-se à sua capacidade de sustentar actividade intensa e recuperação rápida. Isto é geralmente dependente da forma como o corpo faz a remoção e recuperação desse ácido láctico.
O carregamento de pesos (exercícios de ginásio) tenta manter o tempo entre estes conjuntos de repetições como curtos quanto possível. Desta forma vamos ter um desenvolvimento muscular e uma tolerância anaeróbica.

Tolerância muscular (Capacidade Anaeróbica)
As quantidades de aptidão anaeróbica para a sua capacidade de recuperação rápida e consistentemente sprintar em alta velocidade. Isto é especialmente relevante para o futebol. Num jogo de futebol e nas voltas ao campo que o mesmo envolve, os jogadores de campo desempenham um número de sprints de intensidade máxima separados por períodos de baixo nível de actividade

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vitor Soares - Fundador do Tacticamente


Boa tarde Vítor, antes de mais, gostaria de te agradecer pelo trabalho desenvolvido no Tacticamente Falando. Quais foram as tuas motivações para iniciar este projecto?
- Boa Tarde Ricardo, o agradecimento é todo meu pela ajuda que tens prestado. Antes demais o Tacticamente Falando foi criado para expor as minhas ideias e algumas entrevistas a pessoas ligadas ao futebol. Penso que a motivação foi tentar demonstrar um pouco da minha forma de pensar, mas como agora tenho uma equipa comigo acho que podemos fazer e trazer coisas boas ao futebol.


Quais são os teus objectivos, tanto no presente como no futuro?
-Presentemente tenho como objectivo obter a melhor classificação na equia sénior da LAAC e ficar em os 3 primeiros na fase regular do campeonato dos traquinas A. No futuro gostaria de treinar uma equipa profissional, se podesse no estrangeiro.


Trabalhas regularmente com miúdos de 8 e 9 anos, é algo que és apaixonado, a irreverencia que eles mostram é algo a ter em conta, mas decerto que é algo que podes explorar e tirar o melhor deles?
-Os “meus miúdos” são fantásticos, trabalham imenso, peguei na equipa á duas épocas, com esta é a terceira, e não sabiam fazer um passe, no ano passado acabamos com 10 jogos 10 vitórias, melhor ataque e melhor defesa. A irreverencia deles ajuda pois são muito puros e fazem aquilo que pensam e jogam com o coração. Tento obter o melhor deles, observando as capacidades físicas, técnicas e tácticas e coloca-los nas posições correctas e tendo uma forma de jogar que todos percebam e que todos se sintam bem com ela. Pena é algumas equipas do meu escalão não admitirem que somos os melhores só porque querem ser como nós. Mas para serem parecidas á minha equipa têm de ter um grupo so com meninos de Aguada de Cima trabalhar só com 12 jogadores e ter uma formação de base feita no clube e claro trabalhar com a mesma garra e paixão.


No ano transacto, foste apresentado como também adjunto da equipa sénior, com o mítico Vitor Rita, este ano estás juntamente como adjunto do Mister Jô, quais são as diferenças que encontras entre ambos?
- Em primeiro o meu grande agradecimento ao meu amigo Rita por todos os conhecimentos que me passou, respondendo á tua pergunta, a diferença não é muita pois é a continuidade de um projecto, o projecto LAAC, em que neste momento temos 4 ex-juniores e 2 ainda juniores com a equipa principal, claro que em termos tacticos e de pensar na forma do jogo são um bocado diferentes o que me enriquece pois tiro várias conclusões do futebol.


Qual era o desafio ideal se um dia te tornares treinador de uma equipa principal?
- Em Portugal gostava neste momento de treinar 2 equipas, o Braga e a Olhanense pelo futebol praticado pela forma de apostar nos jovens e nos portugueses, a Olhanense sei que é um bocado estranho, mas penso que da forma como estão a trabalhar pode ser um clube na liga portuguesa no futuro.

Qual o treinador que te identificas? Ou melhor, quem te inspira?
- Identificar? Com nenhum, pois tenho a minha própria forma de pensar e de treinar. Quem me inspira, sem duvida o José Mourinho, aonde ele passa ganha.



O quê que o Futebol Português necessita?

- Necessita acima de tudo de Verdade Desportiva e de aposta nos jovens e nos portugueses, ou só no estrangeiro é que nós somos bons?


O futebol nas regiões têm vindo a crescer em talento, pensas que é algo que os clubes de maior dimensão, e de escalões superiores deviam de estar mais atento?
- O futebol distrital já tem algum nível de exigência e também de trabalho, de maior dimensão como de 1ª liga? Penso que não, acredito que exista muito talento nas distritais mas a primeira liga é das mais exigentes e os jogadores deveriam ir de patamar a patamar.


Gostaria de te agradecer por me conceberes está entrevista, e desejo sinceramente o melhor para o teu futuro, há algo mais que gostarias de acrescentar?
- Gostava só de agradecer a varias pessoas, ao meu companheiro de Sempre, Miguel Garruço, ao Vitor Rita e á minha família pela compreensão deste meu desafio. Aos meus colegas de LAAC e todos os que desejam o meu mal. A esses só tenho um grande agradecimento pois tentam por abaixo mas por enquanto vou vencendo. 

Ricardo Quaresma - Colaborador do Tacticamente Falando