sexta-feira, 9 de março de 2012

Nuno Costa - Portimonense, Leixões e o seu Futuro.

Olá Boa Tarde Nuno. Antes de mais o meu obrigado pela disposição de responder às minhas questões.
Com passagens pelo Portimonense e pelo Leixões, como descreve estas experiências por estes dois clubes?
Foram duas experiências muito positivas. Clubes diferentes mas aonde pude retirar aspetos positivos tanto de um como de outro. Claro que nem tudo são “rosas” mas é com a experiência também, que vamos aprendendo a lidar melhor com os problemas.
Quais as grandes diferenças destes clubes, sendo que um é do norte e o outro são do sul?
Logo à partida o do sul tem as maiores deslocações fora de casa dado que a maior parte dos clubes reside na zona norte do país. O Leixões tem uma massa adepta grande e com grande fervor pelo clube. O Portimonense também tem os seus adeptos que sempre nos apoiaram mas para mim nota-se bem que a grande força do Leixões está nos seus adeptos.
Como foi trabalhar com o treinador Litos, um treinador já com um vasto curriculum?
Foi bastante positivo. Foi o treinador que me deu oportunidade de trabalhar no futebol profissional e só lhe posso estar grato por isso. A passagem da sua experiência para mim é sempre importantíssima pois estou no futebol profissional há relativamente pouco tempo.
Estando agora sem clube, quais os planos de futuro? O que tem em mente?
No atual momento penso em descansar o máximo possível pois desde que comecei a trabalhar no futebol profissional em Outubro de 2009 praticamente não tive férias, pois aproveitei as mesmas para fazer os cursos de III e IV de treinador de futebol. Sendo esta profissão também muito desgastante, penso que este descanso só me irá fazer bem. No entanto e sabendo também que no futebol as coisas mudam da noite para o dia, tenho que estar preparado para se for chamado a trabalhar dar o meu melhor. De qualquer das formas, espero na próxima temporada iniciar um novo projeto, dado que o trabalho que temos vindo a realizar merece a atenção dos clubes de I e II Liga portuguesa. Um projeto no estrangeiro também poderá surgir como hipótese.
Sendo preparador físico de alta competição, qual a sua ideia sobre o futebol distrital de hoje?
Sinceramente não tenho acompanhado de perto o futebol distrital nos últimos tempos a não ser, um jogo que vi na época anterior da Sanjoanense contra o Milheiroense e aonde curiosamente jogou um atleta que veio a ser recrutado pelo Leixões para este ano desportivo. Também passei pelo distrital no início da minha carreira e pensava na altura aquilo que continuo a pensar hoje, ou seja, que as condições de trabalho nem sempre são as melhores, apesar de as mesmas terem vindo a melhorar substancialmente. Em relação a atletas e treinadores muitas vezes só lhes falta a oportunidade de poderem aparecer em clubes de divisões superiores pois qualidade não lhes falta.
Como conseguiu chegar a este nível tão elevado deste mundo desportivo?
Em primeiro com muito trabalho e muita paixão pela modalidade. Depois tive a felicidade de na Sanjoanense conhecer o Rui Correia (antigo guarda-redes internacional e atual treinador dos guarda-redes do S. C. Braga) que gostou do meu trabalho e aconselhou ao Litos levar-me para trabalhar quando foi para o Portimonense. A partir daí também tive de provar com a minha dedicação que poderia ter valor para estar no futebol profissional.
Qual seria o treinador que um dia gostava de ajudar na sua equipa técnica?
O treinador que eu penso em ajudar chama-se Litos pois foi aquele que até hoje me deu a oportunidade de trabalhar com ele em níveis elevados.
Como é estar ligado a um treinador, tendo em conta aos factores de risco, como por exemplo, o despedimento?
Quando agarras uma oportunidade e as coisas te começam a correr bem, como aconteceu no meu caso, nem pensas nisso. Devemos pensar sempre positivo e em construir coisas boas, só assim poderemos estar bem para desenvolver as nossas funções.
Quando se fala tanto nas arbitragens, qual a sua opinião sobre este tema? Profissionalização, sim ou não?
Profissionalização sim, sem dúvida. Em tudo na vida o caminho deve ser sempre no sentido da perfeição, portanto se nas ligas profissionais todos os jogadores o são, os árbitros só têm que ter as mesmas condições na minha opinião.
Espera um dia ser treinador principal de uma equipa?
Espero, ainda que no actual momento me sinta muito bem como adjunto, pois acaba por ser uma fonte de aprendizagem muito boa para o futuro.
Futebol feminino português, precisa de mais apoio? E o que pensa deste tema?
Sem dúvida, para uma atividade que se começa a iniciar é sempre preciso muito apoio. No entanto julgo que o futebol feminino está em claro crescimento em Portugal e penso que os novos órgãos sociais da F. P. F. estão empenhados em que isto aconteça.

Muito sucesso na sua vida profissional.
Obrigado
Obrigado também pela oportunidade que me deste de partilhar um pouco das minhas ideias e muito sucesso também para ti.
Qualquer coisa é só comunicares.
Um abraço.
Nuno Costa

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